Como era previsível, alguma esquerda já começou a lavar a imagem do presidente Chávez, um democrata dos quatro costados, para a tornar ainda mais alva e branca do que já é.
Entre outros exemplos, releva este aqui. Os argumentos para considerar Chávez um «democrata» são os seguintes (ipsis verbis):
«Estranha ditadura que promove eleições e que aceita os resultados quando é derrotada nas urnas.
Estranha ditadura que vive numa sociedade com partidos de oposição e em que quase toda a comunicação social privada é hostil.
Estanha ditadura em que a pobreza diminui e em que os estudos internacionais mostram que a maioria esmagadora dos eleitores está contente com a qualidade da democracia.
Estranha ditadura que tem como presidente um católico falador de nome Chávez e como líder da oposição estudantil um estudante de direito chamado Estaline.»
Curiosamente, todos estes critérios se aplicavam, quase sem excepção, a Pinochet: também ele fez um referendo cujo resultado acatou, ao ponto de ter saído do governo por causa do resultado, o que ainda não sucedeu com Chávez, embora ele o tenha prometido; também Pinochet diminuiu brutalmente a pobreza do seu país, de tal modo que o Chile foi considerado o país economicamente mais desenvolvido da América Latina; também Pinochet era católico. Quanto às diferenças: na Venezuela ainda há partidos, embora a «revisão» constitucional que o referendo chumbou os tornasse desnecessários; não conheço estudos internacionais sobre a qualidade da «democracia» de Pinochet, embora ele devesse ter, na altura, vários à disposição; e o gajo que chefiava a oposição chilena não tinha o nome romântico de «Estaline». Que pena!
Entre outros exemplos, releva este aqui. Os argumentos para considerar Chávez um «democrata» são os seguintes (ipsis verbis):
«Estranha ditadura que promove eleições e que aceita os resultados quando é derrotada nas urnas.
Estranha ditadura que vive numa sociedade com partidos de oposição e em que quase toda a comunicação social privada é hostil.
Estanha ditadura em que a pobreza diminui e em que os estudos internacionais mostram que a maioria esmagadora dos eleitores está contente com a qualidade da democracia.
Estranha ditadura que tem como presidente um católico falador de nome Chávez e como líder da oposição estudantil um estudante de direito chamado Estaline.»
Curiosamente, todos estes critérios se aplicavam, quase sem excepção, a Pinochet: também ele fez um referendo cujo resultado acatou, ao ponto de ter saído do governo por causa do resultado, o que ainda não sucedeu com Chávez, embora ele o tenha prometido; também Pinochet diminuiu brutalmente a pobreza do seu país, de tal modo que o Chile foi considerado o país economicamente mais desenvolvido da América Latina; também Pinochet era católico. Quanto às diferenças: na Venezuela ainda há partidos, embora a «revisão» constitucional que o referendo chumbou os tornasse desnecessários; não conheço estudos internacionais sobre a qualidade da «democracia» de Pinochet, embora ele devesse ter, na altura, vários à disposição; e o gajo que chefiava a oposição chilena não tinha o nome romântico de «Estaline». Que pena!
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