Tony Blair converteu-se ao catolicismo. O gesto é simbólico, em mais do que um sentido. Primeiro, porque vem de um homem que durante muitos anos foi primeiro-ministro de um Estado confessional anglicano. Segundo, porque vem de um país que é um dos centros seculares de oposição à cultura católica. Terceiro, porque pode levar os intelectuais dos países de tradição católica - como Portugal - que, pelo menos desde a revolução francesa, rejeitam generalizadamente a sua cultura e troçam dela, e procuram imitar a cultura anglo-saxónica e protestante, a reconhecer que podem ter andado a laborar todo este tempo num erro intelectual de dimensões grandiosas.
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