O primeiro livro abertamente ateísta é da autoria de Paul Henri d'Holbach (Barão d'Holbach, 1723-89), um aristocrata franco-alemão que aos 30 anos herdou uma fortuna de família que lhe permitiu dedicar-se às letras e entreter os philosophes nos salões de Paris. Conhecido com o "maître d'hôtel de la philosophie", d'Holbach privou com Rousseau, Diderot, Voltaire, David Hume, e contribuiu com vários artigos para a Encyclopédie. Rousseau e Voltaire viriam a afastar-se dele.
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O Barão d'Holbach teve uma formação católica. Porém, as ideias que animaram a revolução francesa foram, em primeiro lugar, - e permanecem hoje ainda - um ataque à autoridade da Igreja Católica. O livro Le Cristianisme Dévoilé foi publicado em 1766, embora de forma anónima, e a sua autoria só viria a ser conhecida após a morte do Barão. Seria, porém, o seu amigo David Hume, que também publicou os seus escritos ateus de forma anónima, no centro do anti-catolicismo europeu de então - a Escócia presbiteriana - que viria a ficar para a história como o primeiro filósofo ateu da modernidade.
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David Hume possui hoje uma estátua no centro de Edimburgo, onde os crentes lhe vão chupar o dedo grande do pé.
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David Hume possui hoje uma estátua no centro de Edimburgo, onde os crentes lhe vão chupar o dedo grande do pé.
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