Eu não possuo elementos que me permitam confirmar ou infirmar esta tese, mas suspeito que a existência em Portugal de um número muito reduzido de judeus (600 apenas), embora eles tenham tido entrada livre no país a partir do Marquês de Pombal, se deve à extraordinária capacidade da cultura portuguesa para se misturar com - e, neste caso, assimilar - outras culturas. Não seria caso único.Os portugueses criaram a primeira sociedade multirracial do mundo - o Brasil - e repetiram a experiência, de forma mais ou menos acabada, em África e na Ásia. E se muitos países da Europa e da América - como o Canadá, os EUA, a Inglaterra ou a França - vivem hoje angustiados com os problemas do multiculturalismo e gastam recursos consideráveis em políticas multiculturais - nas vertentes linguística, económica, social, religiosa, educacional, etc. -, a verdade é que os portugueses há mais de cinco séculos que descobriram a política multicultural mais eficaz e a mais barata de todas - a política da fornicação.
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