Num post anterior, eu defini a liberdade como a convicção da consciência. E acrescentei que é a convicção de um homem pensar pela sua própria cabeça. Esta última expressão presta-se a equívocos. Não, não basta um homem pensar pela sua própria cabeça para ser um homem livre. Afinal, todos pensam pela sua própria cabeça. E eu até noto na nossa cultura uma certa tendência para as pessoas se tomarem a si próprias e às suas cabeças demasiado a sério - especialmente entre os intelectuais.
A liberdade é muito mais do que pensar pela sua própria cabeça. É a capacidade para se colocar na posição de juiz imparcial entre si e o outro - o que é uma tarefa muito difícil. Na realidade, os homens que aspiram ao valor da liberdade possuem geralmente também em alta conta o valor da justiça. Um homem que ascende à liberdade tem normalmente como uma das suas máximas a regra de ouro: "Não faças aos outros...".
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