A crítica straussiana e as teses do fim da história olham o mundo ocidental a partir da América e como se fosse a América e acabam num certo fatalismo - um mundo resignado ao consenso sobre a democracia política e o liberalismo económico, um mundo anómico e sem valores, e um mundo de onde desapareceram todos os heróis.
Porém, os autores americanos esquecem - na realidade, por vezes, desprezam - a parte católica da civilização ocidental. Aquilo que constitui o principal atributo das sociedades protestantes é a a sua capacidade para gerar consensos - mas essa é também a sua grande fraqueza. Agora, que a fraqueza da sociedade ocidental está precisamente nos consensos (sobre a democracia-liberal), vai ser a altura de a cultura católica voltar a impor-se de novo, porque não existe outra igual na sua capacidade para quebrar consensos.
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