O que fez Fernando Ulrich hoje na televisão, que tanto agitou a nossa blogosfera? Muito simplesmente demonstrar que é capaz de fazer aquilo que os accionistas do BCP há muito querem que alguém faça: domesticar Joe Berardo e, por extensão, todos os accionistas, administradores e colaboradores do banco, devolvendo-lhes, a eles e à instituição, a paz e a prosperidade por que tanto anseiam. Demonstrou, igualmente, que tem para lhes oferecer um projecto para os próximos vinte anos, que passa pela refundação do banco, ou melhor, da banca portuguesa, através de uma fusão que o transformará definitivamente no maior banco português. No fim de contas, Ulrich segue, a par e passo, as grandes linhas estratégicas de Jardim Gonçalves, principalmente a que acredita que o crescimento se faz, também, pela concentração da oferta. E é por isso que Jardim Gonçalves, fracassada a sua tentativa de encontrar um herdeiro à altura em Paulo Teixeira Pinto, já entregou o poder ao homem que derrotou o seu delfim num conflito em que pôs ambos à prova, no qual só Ulrich demonstrou ser um banqueiro. Ele irá tranquilamente para casa, não reclamará qualquer lugar para si, pois sabe que, finalmente, encontrou o seu herdeiro.
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