Provavelmente, uma das maiores críticas que é feita à sociedade portuguesa em regime democrático é a da fragilidade da chamada sociedade civil, em comparação com o vigor que a sociedade civil mostra nos países de longa tradição democrática.
A verdade, porém, é que a sociedade civil em Portugal, como em qualquer outro país da nossa tradição, nunca foi forte, e os grandes momentos da nossa história nunca foram liderados pela sociedade civil. Quando aconteceram, foram sempre liderados por uma elite com posição de autoridade no Estado (ou na Igreja ou em ambos).
Num país de tradição católica o povo não lidera coisa nenhuma. O povo fica à espera que lhe digam como há-de viver. Inicialmente, foram os padres a fazê-lo.
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