Na moção política que apresentou ao PSD (vd. Público de hoje), Marques Mendes acentua duas ideias fundamentais: que o desenvolvimento nacional deve ser orientado pelo Estado e que no PSD não cabe o neoliberalismo. Termina dizendo umas banalidades a respeito das políticas sociais, do indivíduo e das funções do Estado.
Poderá dizer-se que, por ter a inteligência dos militantes do seu partido em pouca conta, o documento não ultrapassa a mais grotesca vulgaridade. Erro: o documento reflecte, de facto, o que o líder pensa do partido, da política e do país. O que ele pensa e, diga-se, o que pensam todos os políticos no activo, formatados por anos de aparelhismo caciqueiro completamente trepanado de qualquer ideia inovadora. Por isso, do PS ao CDS, e já até no próprio PC, todos dizem querer o mesmo: o «social», os pobrezinhos, o Estado, as pequenas reformas. Tudo isto devidamente condimentado por um empenhado horror ao «neoliberalismo» e às suas «desumanas» políticas de interesse pelo lucro vil e de desprezo pelos que mais sofrem. No fim de contas, como dizia Portas há uns tempos, isto aqui não é ainda a Califórnia. Pois não. É mesmo é mais parecido com o Burundi.
Poderá dizer-se que, por ter a inteligência dos militantes do seu partido em pouca conta, o documento não ultrapassa a mais grotesca vulgaridade. Erro: o documento reflecte, de facto, o que o líder pensa do partido, da política e do país. O que ele pensa e, diga-se, o que pensam todos os políticos no activo, formatados por anos de aparelhismo caciqueiro completamente trepanado de qualquer ideia inovadora. Por isso, do PS ao CDS, e já até no próprio PC, todos dizem querer o mesmo: o «social», os pobrezinhos, o Estado, as pequenas reformas. Tudo isto devidamente condimentado por um empenhado horror ao «neoliberalismo» e às suas «desumanas» políticas de interesse pelo lucro vil e de desprezo pelos que mais sofrem. No fim de contas, como dizia Portas há uns tempos, isto aqui não é ainda a Califórnia. Pois não. É mesmo é mais parecido com o Burundi.
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