A razão é um explosivo perigoso que, manipulado com cautela será muito benéfico, mas se manipulado sem prudência pode fazer explodir uma civilização. (F. A. Hayek)
Tal como Hayek, estou com o grande Montesquieu quando este no auge da “idade da Razão” tão claramente salientou: la raison même a besoin de limites.
Mas também faz bem governarmo-nos com a a prata da casa, mais ainda quando as peças são de boa qualidade:
Nada define melhor a fraqueza que o fictício predomínio da razão. (Agustina Bessa-Luís)
O pensamento e a crença são dois domínios que não se aniquilam, mas antes se completam, pois o pensamento radica na crença. Não há demonstração racional sem crença no valor da demonstração. E a frase vulgar do pseudo-culto: “Só acredito no que me for demonstrado racionalmente”, é já por si a confissão que admite o que pretende abolir ou negar. Mas não é a razão que é a base da crença, mas a crença o fundamento da razão. A palavra grega que significa ciência inclui na sua composição morfológica a raiz que significa crença. A ciência é, pois, uma espécie de crença que exige antecipadamente a crença em si própria. E se, de facto, o demonstrável é criador de convicção, não esqueçamos que esse demonstrável e racionalmente evidente é uma parte que da crença se desenvolveu. É a raiz oculta no húmus que alimenta a parte visível da árvore da ciência ... (Delfim Santos)
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