Quando Teixeira Pinto aceitou substituir Jardim Gonçalves na presidência executiva do BCP, aceitou, também, um novo sistema de governo do banco de natureza dualista, onde o fundador mantinha uma posição de tutela sobre si e sobre o órgão a que presidia. Era evidente que, pela sua personalidade e pela sua história no banco, Jardim Gonçalves nunca seria uma mera figura decorativa. Nessa altura, que se saiba, Teixeira Pinto não exigiu qualquer clarificação de poder entre si e o seu antecessor.
Também não se importou de presidir a um Conselho de Administração que transitou imaculado da anterior gestão, sem qualquer modificação na sua composição. Desse Conselho não fazia parte nenhum membro por si designado. Nessa altura, que se saiba, não exigiu a destituição de nenhum deles, nem tão pouco o aumento do número de vogais.
Não se incomodou, por outro lado, que tivesse sido Jardim Gonçalves a sugerir, a negociar, a impor aos principais accionistas do banco o seu nome. Hoje, ao que sabemos, ficaria desagradado com a possibilidade do mesmo Jardim Gonçalves continuar a fazê-lo, agora na qualidade de presidente do Conselho de Supervisão.
Em suma: um banco, dois poderes. Pelo menos enquanto Jardim Gonçalves não se retirasse de vez. Bom ou mau, o plano era claro como água desde o começo. Só Teixeira Pinto parece não o ter compreendido na altura.
Fora dos «meandros» da crise do maior banco privado português, parece porém evidente que Jardim Gonçalves fez de Teixeira Pinto presidente executivo para que ele assegurasse a continuação das suas políticas e não tanto para reformar o banco que fundara, como foi dito pelo actual presidente executivo. Escolheu-o, também, para manter o principal cargo executivo na orla da Opus Dei, a que ambos pertencem, e que, de certo modo nunca deixou de ter a sua imagem associada à do banco.
Para todos os efeitos, a responsabilidade efectiva da crise é de Jardim Gonçalves, que fez uma escolha absolutamente pessoal por razões de ordem afectiva e confessional, que pouco tinham a ver com o banco e quase nada com a profissão de banqueiro. Nestas coisas não há nada como o mérito profissional, em vez da simpatia confessional.
Também não se importou de presidir a um Conselho de Administração que transitou imaculado da anterior gestão, sem qualquer modificação na sua composição. Desse Conselho não fazia parte nenhum membro por si designado. Nessa altura, que se saiba, não exigiu a destituição de nenhum deles, nem tão pouco o aumento do número de vogais.
Não se incomodou, por outro lado, que tivesse sido Jardim Gonçalves a sugerir, a negociar, a impor aos principais accionistas do banco o seu nome. Hoje, ao que sabemos, ficaria desagradado com a possibilidade do mesmo Jardim Gonçalves continuar a fazê-lo, agora na qualidade de presidente do Conselho de Supervisão.
Em suma: um banco, dois poderes. Pelo menos enquanto Jardim Gonçalves não se retirasse de vez. Bom ou mau, o plano era claro como água desde o começo. Só Teixeira Pinto parece não o ter compreendido na altura.
Fora dos «meandros» da crise do maior banco privado português, parece porém evidente que Jardim Gonçalves fez de Teixeira Pinto presidente executivo para que ele assegurasse a continuação das suas políticas e não tanto para reformar o banco que fundara, como foi dito pelo actual presidente executivo. Escolheu-o, também, para manter o principal cargo executivo na orla da Opus Dei, a que ambos pertencem, e que, de certo modo nunca deixou de ter a sua imagem associada à do banco.
Para todos os efeitos, a responsabilidade efectiva da crise é de Jardim Gonçalves, que fez uma escolha absolutamente pessoal por razões de ordem afectiva e confessional, que pouco tinham a ver com o banco e quase nada com a profissão de banqueiro. Nestas coisas não há nada como o mérito profissional, em vez da simpatia confessional.
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