"No século XVI, nenhum colonizador invadiu nenhuma praia com pose e porte de ONG.
(...) Hoje, convivemos com o politicamente correcto, tentativa perigosa de nos recolonizar.
Não gosto dos politicamente correctos, também não gosto de ONGs. Não gosto de nada pronto. Quero o prazer e o luxo de poder pensar sozinha. Se é para ser colonizada, que seja como já fomos - ao menos sabíamos quem era quem.
(...) Herdamos dos nobres pobres a maneira entediante de aparentar status. Nosso jeito, nossos traços, nossa maneira manhosa, nosso canto, as comidas, as antigas tradições. O Brasil tem alma lusa. O português se esconde em muitos dos nossos hábitos. Começando pela língua (...).
Precisamos conhecer quem nos pariu (...)"
(A autora, no Prefácio; o livro é considerado pela Globo um dos dez melhores do ano)
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