O Brasil é um espantoso país, onde, apesar das muitas diferenças, alguns dos nossos cromossomas se mantiveram bem vivos no código genético. Um deles, talvez o mais evidente, será a bandalheira política em que se encontra submergido, sob a batuta espertalhona do Presidente Lula da Silva, o «Lulinha» para os amigos e amigalhaços. Nas últimas semanas, o delírio tem marcado o tom da dança do poder: um discurso de Lula na tomada de posse do Procurador-Geral a censurar a justiça e a polícia por «queimarem» na praça pública cidadãos inocentes; e o processo do Presidente do Senado, Renan Calheiros (em quem Lula estava a pensar no referido discurso), não só a braços com problemas com a justiça, mas também com uma escandaleira pessoal e sentimental fabulosa. Neste último particular, o Senador fez um filho a uma jornalista chamada Mónica Veloso, o que não teria grande problema, caso não fosse casado com Verónica Calheiros. Esta última, sobre o caso, opinou que não sabia «como meu marido caiu nessa… Homem é mesmo muito besta!». O Senador, contristado, foi dizendo publicamente, sobre o mesmo assunto, que «está claro que querem assassinar a minha honra.». Obviamente que, tratando-se de honra para «assassinar», só poderia ser a dele, já que da «honra» da jornalista Mónica, tratou ele de assassinar atempadamente. A Calheiros, que se recusa a abandonar o poder, vai-lhe valendo o facto, para compor o ânimo, do presidente da Comissão de Ética do Senado que irá apreciar o seu processo, um tal de Leomar Quintanilha, também estar indiciado pela Polícia Federal num processo de «propinas» pagas por empreiteiros em obras públicas.
Bem diz o senador Gilvam Borges que «se for investigar todos os senadores a fundo, e levá-los ao Conselho de Ética, não sobra um. Tem de fechar o Congresso por dois anos.»
Todos, no Conselho de Ética, não direi. Mas com processos judiciais ligados a questões de corrupção estão cerca de trinta em oitenta e um membros do Senado, e quase cem, em quinhentos deputados federais. Uma estatística simpática, sem dúvida.
11 julho 2007
quem sai aos seus...
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4 comentários:
O poder e a corrupção andam sempre de mãos dadas...
Claro que há excepções, por ex., a do Dr. José Miguel Júdice que é um verdadeiro mecenas, e que até nem vai ser remunerado pela sua colaboração no futuro projecto do Porto de Lisboa. (Fonte: Sic Notícias)
Dá para perceber que durante a viagem de avião o Rui leu a Veja desta semana!
J.
«Dá para perceber que durante a viagem de avião o Rui leu a Veja desta semana!»
A desta semana e a da anterior, caro Julio. Uma estupenda revista, em minha opinião.
Abç.,
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