
Na verdade, o país não se interessa pelos seus políticos e os seus políticos não se interessam pelo país. Daí não vem, também, grande mal ao mundo. Enquanto estivermos na União Europeia e nos forem «pondo a mão por baixo», vamo-nos aguentando. Há trinta anos, quando Portugal «não pertencia» à Europa, antes ainda deste status quo pachorrento em que consiste o «modelo social europeu», um qualquer regimento da nossa tropa já teria saído do quartel a desoras, dado uns tiros para o ar, e remetido uns tantos governantes para o Rio de Janeiro ou Paris, donde escreveriam prosas inflamadas sobre a decadência da pátria. A coisa, agora, é mais pacata, mas muito mais chata, e perdeu a graça. Por isso é que já quase ninguém tem pachorra para votar.
1 comentário:
"Olho" atentamente o seu pensamento, no corolário entendido, sem soluções capazes, de ser abrandado, para nivelamento e elevação.
Enviar um comentário