Entre as ideias que eu tenho vindo a procurar fundamentar está a de que os países católicos - como Portugal, Espanha, Itália, e os seus respectivos descendentes na América Latina - possuem uma riquíssima tradição de liberdade individual. A tal ponto que os dois países ibéricos, que durante vários séculos foram a sede do catolicismo no mundo, são frequentemente apresentados como os pais da liberdade.
Aquilo que os países católicos não possuem - e, por isso, Portugal também não possui - é uma tradição de democracia, no sentido de um sistema de representação envolvendo o sufrágio universal, porque a Igreja Católica nunca acreditou no sufrágio universal. Na minha opinião, ela deve a esta não-crença a sua sobrevivência e a sua enorme longevidade.
A Igreja possui certamente sistema de representação operando através do sufrágio. Acontece assim com a eleição do Papa. Porém, o sufrágio é restringido a um colégio de cardeais (no máximo, 120) que constituem a elite da Igreja. Se o Papa fosse eleito por sufrágio universal de todos os católicos, há muito que a Igreja teria acabado porque, pelo caminho, já teria aparecido um demagogo que, em troca dos votos para se fazer eleger, teria prometido aos crentes excursões gratuitas ao céu para almoçarem com Deus.
Aquilo que os países católicos não possuem - e, por isso, Portugal também não possui - é uma tradição de democracia, no sentido de um sistema de representação envolvendo o sufrágio universal, porque a Igreja Católica nunca acreditou no sufrágio universal. Na minha opinião, ela deve a esta não-crença a sua sobrevivência e a sua enorme longevidade.
A Igreja possui certamente sistema de representação operando através do sufrágio. Acontece assim com a eleição do Papa. Porém, o sufrágio é restringido a um colégio de cardeais (no máximo, 120) que constituem a elite da Igreja. Se o Papa fosse eleito por sufrágio universal de todos os católicos, há muito que a Igreja teria acabado porque, pelo caminho, já teria aparecido um demagogo que, em troca dos votos para se fazer eleger, teria prometido aos crentes excursões gratuitas ao céu para almoçarem com Deus.
4 comentários:
Fizeram a coisa com muito mais eficácia: aterrorizaram com o Inferno! A ponto de recolherem grandes dádivas de pessoas que assim julgavam que consguiam um lugar na primeira bancada. A Igreja até tem feito bastante bem com esses bens que recebeu e recebe, mas também podia ainda fazer muitos mais.
Quando estamos a falar da grandeza da Igreja estamos a falar de qûê? Números, catedrais...e a fé e os frutos do Espírito... estão onde? A Igreja só cresceu e cresce quando assume a Cruz de Cristo. Não é quando vive no remanso das estruturas. Parece que é o que o Pedro Arroja acha. Mas é um liberal, não é?
Pedro e Rui
Deixo-vos aqui o link para estes comentários do José da GL.
Acho que poderia ser interessante cruzar uma visão de “inconsciente colectivo” de matriz católica com esta outra noção política bem histórica- a nossa tradição de governo desde 1910
“Como é que se governa um povo em democracia moderna? Em república, escolhemos nós em 1910, influenciados pelas ideias maçónicas.
Estas ideias comportam alguma forma de aristocracia encapotada?
Há varias formas de regime democrático.Há regimes presidenciais e parlamentares;sistemas bipartidários e multipartidários; Sistemas em que para além dos partidos contam também os sindicatos, as associações de vário tipo e organizações não governamentais, grupos de pressão, lobbies.
Há ainda a democracia populista em que avulta a importãncia das maiorias.
Essencialmente, nas democracias liberais como a nossa, o problema fulcral que se coloca, é a importância dos partidos e dentro destes, dos grupos
...........
Para a mc já deixei comentário no outro post. Aqui repete o mesmo problema. Não creio que existe questão teórica a alongar.
ó mC, isto aqui não é o Lutz. O que o PA é ou deixa de ser não vem na cartilha, muito menos na cartilha de caricatura esqurdalha.
Tente pensar as questões em si mesmas. Vai ver que no dia em que conseguir essa proeza até se sente mais leve.
E aqueles que prometem baixa de impostos e um mundo bonito e depois é ao contrário?
Que nacionalizam aos milhares de todo o mundo? Mas com exames de português e com diploma...
Uma futura Babilónia...
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