30 julho 2007

conter esses abusos


No post esta Europa confessional eu contabilizava já em dez o número de países da Europa Ocidental que possuíam uma igreja oficial. Entretanto, o CN juntou mais um - o Lichstenstein - e o Euroliberal ainda outro - o Vaticano.

A principal vantagem de um Estado confessional é a de afirmar um código moral ao qual todos estão submetidos, a começar naturalmente, e para dar o exemplo, pelos representantes do Estado - os políticos e a administração pública.

Quando os políticos e a administração pública abusam os cidadãos, ainda que sob cobertura legal, existe então um código explícito de moralidade que os cidadãos podem invocar para conter esses abusos e, no limite, revoltarem-se contra eles. Foi assim que, ao longo da sua história, a Igreja Católica - e a religião em geral - serviu a causa da liberdade.

Porém, é interessante observar e deve ser motivo para reflexão que, depois da minha última actualização da contabilidade, os países da Europa Ocidental que não têm uma religião oficial são predominantemente os países de maioria católica, como a Espanha, a Itália, Portugal, a França, a Austria e até a Alemanha - embora aqui católicos e protestantes se encontrem numericamente empatados.

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