O economista Ludwig von Mises (judeu; na foto, o primeiro da direita, durante a reunião), levantou-se e discursou longamente sobre os erros que, na sua opinião, Tocqueville e Acton tinham cometido nas suas respectivas obras, na prática desqualificando um e outro para a distinção. (Mises acabaria mais tarde por abandonar a reunião acusando os seus colegas de serem "um bando de socialistas").
A seguir, levantou-se o economista americano Frank Knight (protestante) - o fundador da célebre escola de Chicago - que, batendo com o punho na mesa, disse peremptoriamente que se recusava a fazer parte de uma associação que tivesse o nome de dois aristocratas católicos.
A sociedade acabou por receber o nome do hotel onde estavam reunidos - The Mont-Pelerin Society. A minha convicção é que se tivesse sido ao contrário, economistas católicos a censurarem o nome de dois intelectuais judeus ou protestantes, a sociedade seria hoje muito mais conhecida.
2 comentários:
Já se a reunião tivesse sido na "Pensão-Residencial do Intendente", a dita sociedade seria muitíssimo menos conhecida e Pedro Arroja ter-nos-ia poupado a esta historieta.
Mas tem razão, Pedro Arroja. A coisa a dar-se em Portugal e feita por católicos, podia ter-se transformado em algo com um nome assim, sei lá, Millenium BCP...
Mises chamou bando de socialistas quando Friedman discutia sobre as virtualidades do imposto sobre o rendimento.
Foi dirigido a Friedman e Chicago, não a Acton/Tocquevile.
Não conhecço nada em Mises que se dê ao trabalho de apontar defeitos a Acton/Tocquevile.
Mises sempre falou pouco de teoria politica em geram, para além do que escreveu em "Liberalism".
Sinceramente não sei onde exista tal referência, supeito que a sua fonte deve ser de "Chicago".
Se fez criticas não terá sido sobre questões técnicas de economia.
Mises como Rothbard aidna mais, sempre foram sim hostis a Chicago.
Rothbard para além de hostil a "Chicago", também o foi ainda mais em relação ao neo-conservadorismo e muitos aspectos do culto de Ayn Rand.
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