"Com a saída do exército coincidiu a revolta popular. Um sargento levantou no Cais do Sodré o primeiro grupo de populares, assaltou o Arsenal e apoderou-se das armas que lá encontrou, e depressa a revolta alastrava a toda a cidade. (...)
Durante a manhã de 24 de Julho (de 1833) a cidade esteve entregue à violência. Um desembargador foi reconhecido e arrastado pelas ruas por uma corda, até se despedaçar. Vários frades foram mortos e muitas residências assaltadas. O duque da Terceira dirigiu um manifesto à população no sentido de pôr cobro à onda de vinganças, mas pouco depois os tumultos voltaram a reacender-se. Ao terror miguelista iria suceder-se, até muito depois do termo da guerra civil, o terror do ajuste de contas."
(José Hermano Saraiva, História de Portugal, Lisboa: Europa-América, 7a. Edição, p. 389)
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