O princípio da liberdade pressupõe uma correcta valoração do tempo.
Todas as ideologias assumiram e assumem essa como sua essa «missão»: Hitler queria um império para mil anos, os socialismos anunciam um novo tempo em que os homens serão iguais e o paraíso descerá à terra, Salazar queria Portugal fora do seu tempo, Mussolini pregou o homem novo dos tempos modernos. As ideologias querem sempre impor ao homem o seu modelo de tempo e o destino que acham que devemos dar aquele que é nosso.
O liberalismo não. Para nós, o tempo é um factor que nos torna iguais, uns perante os outros e todos perante a lei, o domínio público, o Estado. Para além disso, a medida do tempo, do nosso tempo, há-de ser exclusivamente nossa, individual e privada. O que dele fizermos é connosco, da nossa inteira responsabilidade e disso resultará, em parte, a justa medida das nossas existências. O contrato social liberal terá assim por finalidade primeira devolver a cada um dos homens o direito ao seu tempo, e com ele e por ele, o direito à propriedade, à felicidade ou a qualquer outro destino resultante do que dele tivermos feito, com os talentos que a natureza nos dotou.
Por isso é imoral que o Estado se aproprie daquele que é o bem mais escasso, o mais valioso, aquele que nunca sabemos quando terminará, e cujo valor aumenta na directa proporção da progressão das nossas vidas e da progressiva escassez para que vai evoluindo.
A intervenção estatal, por via da cobrança coerciva e não consentida do produto do nosso trabalho, mais não é do que um ilegítimo impedimento ao usufruto do nosso tempo, tratando-se, no excesso do limite do tolerável, de uma questão existencial e moral. Na verdade, ao arrogar-se ao direito de dispor quase ilimitadamente do nosso tempo, o Estado moderno fez-se um Estado religioso, clerical e teológico, que usa o tempo dos homens como fosse a sua origem, princípio e fim, como se fosse Deus, a quem tudo é devido.
* Adaptado de um «post» editado no Cataláxia.
Todas as ideologias assumiram e assumem essa como sua essa «missão»: Hitler queria um império para mil anos, os socialismos anunciam um novo tempo em que os homens serão iguais e o paraíso descerá à terra, Salazar queria Portugal fora do seu tempo, Mussolini pregou o homem novo dos tempos modernos. As ideologias querem sempre impor ao homem o seu modelo de tempo e o destino que acham que devemos dar aquele que é nosso.
O liberalismo não. Para nós, o tempo é um factor que nos torna iguais, uns perante os outros e todos perante a lei, o domínio público, o Estado. Para além disso, a medida do tempo, do nosso tempo, há-de ser exclusivamente nossa, individual e privada. O que dele fizermos é connosco, da nossa inteira responsabilidade e disso resultará, em parte, a justa medida das nossas existências. O contrato social liberal terá assim por finalidade primeira devolver a cada um dos homens o direito ao seu tempo, e com ele e por ele, o direito à propriedade, à felicidade ou a qualquer outro destino resultante do que dele tivermos feito, com os talentos que a natureza nos dotou.
Por isso é imoral que o Estado se aproprie daquele que é o bem mais escasso, o mais valioso, aquele que nunca sabemos quando terminará, e cujo valor aumenta na directa proporção da progressão das nossas vidas e da progressiva escassez para que vai evoluindo.
A intervenção estatal, por via da cobrança coerciva e não consentida do produto do nosso trabalho, mais não é do que um ilegítimo impedimento ao usufruto do nosso tempo, tratando-se, no excesso do limite do tolerável, de uma questão existencial e moral. Na verdade, ao arrogar-se ao direito de dispor quase ilimitadamente do nosso tempo, o Estado moderno fez-se um Estado religioso, clerical e teológico, que usa o tempo dos homens como fosse a sua origem, princípio e fim, como se fosse Deus, a quem tudo é devido.
* Adaptado de um «post» editado no Cataláxia.
2 comentários:
Perdoem-me a ingenuidade, mas o Estado não é suposto ser uma representação nossa? Ao ler estes textos sobre o liberalismo, fico com uma ideia de alienação dos liberais em relação á figura do Estado, ao invés de o ver como uma organização de nós, por nós e para nós.
Uma pequena "achega" inspirada em Landes!
http://apaniguado.blogspot.com/2007/06/tempo-e-salamaleques.html
J.
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