Referendar o próximo tratado comunitário não faz muito sentido. Ele será sempre um tratado de revisão, note-se, de revisão de uma outra coisa que o precede e já existe, a saber, os tratados comunitários em vigor - o Tratado da União Europeia e o Tratado da Comunidade Europeia. De resto, versando o conteúdo do novo tratado, como se supõe, sobre questões eminentemente técnicas - regras de votação, maiorias, etc., já que as questões políticas ficaram enterradas com o Tratado Constitucional, ninguém perceberá minimamente do que se está a falar e em que é que está a votar. Daí a que o voto sobre o tratado comunitário se transforme rapidamente num referendo sobre a popularidade do governo português será um pequeno passo. De mau gosto, diga-se.
Mas há coisas sobre a Europa comunitária que os portugueses percebem. Duas, pelo menos: a presença de Portugal na União Europeia e no Euro. E podem ser referendadas. Era sobre elas que eu gostaria de ver os nossos defensores da soberania popular e dos referendos, entre eles o Dr. Marques Mendes, a exigir que o povo português se pronunciasse. Se para isso tivessem coragem e não apenas manha, obviamente.
Mas há coisas sobre a Europa comunitária que os portugueses percebem. Duas, pelo menos: a presença de Portugal na União Europeia e no Euro. E podem ser referendadas. Era sobre elas que eu gostaria de ver os nossos defensores da soberania popular e dos referendos, entre eles o Dr. Marques Mendes, a exigir que o povo português se pronunciasse. Se para isso tivessem coragem e não apenas manha, obviamente.
1 comentário:
...não se olha a meios para atingir os fins. E são estes os políticos que nos têm vindo a governar!
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