Jacinto e o Conde a debaterem a constituição da nova ala
Paulo Portas queixa-se que a campanha em curso contra o seu partido, a propósito dos recibos de uma campanha eleitoral, está a pôr em causa o bom-nome de alguns dos seus dirigentes. Tem razão. A comunicação social não poupa nada nem ninguém e o direito ao bom-nome, que, de resto, a nossa Constituição consagra e protege, deveria ser mais eficazmente fiscalizado pelas instituições judiciais.
Só lamento que Portas se tenha esquecido de citar o grande lesado com toda esta exposição mediática, o cidadão Jacinto Leite Capelo Rego, um impoluto democrata-cristão dos quatro costados, que abnegadamente contribuiu para o seu partido de sempre, passou recibo e tudo, e vê agora o seu honrado nome a escorrer lamaçal. A quem, ainda por cima, o próprio secretário-geral do partido parece estar a virar as costas neste momento difícil, dizendo que não o conhece!
Eu avivo a memória do jovem secretário-geral: o Jacinto Leite Capelo Rego é um velho militante do partido, daqueles que estão nos cadernos eleitorais desde sempre, e foi recentemente fundador da ala monárquica, gigantesca tarefa a que se associou com o célebre Conde de Montanelas. Conheci-os aos dois ainda nos tempos do liceu, muito novos, portanto, e posso testemunhar que foram sempre militantes devotos e democratas-cristãos convictos. Nunca percebi porquê, a canalha desse tempo metia-se muito com eles e ria-se dos nomes honrados que ostentam. Coisas da política, certamente.
Agora a sério: ninguém neste país acredita que as campanhas dos partidos políticos sejam pagas por militantes. Elas são, obviamente, suportadas por grandes empresas e interesses financeiros, que contam com os favores dos partidos que patrocinam quando chegarem ao governo. É assim em Portugal, como no resto do mundo, e não nos vem daí muito mal. Era boa altura da nossa lei o reconhecer, em vez de contribuir para este lamentável e cíclico espectáculo.
Eu avivo a memória do jovem secretário-geral: o Jacinto Leite Capelo Rego é um velho militante do partido, daqueles que estão nos cadernos eleitorais desde sempre, e foi recentemente fundador da ala monárquica, gigantesca tarefa a que se associou com o célebre Conde de Montanelas. Conheci-os aos dois ainda nos tempos do liceu, muito novos, portanto, e posso testemunhar que foram sempre militantes devotos e democratas-cristãos convictos. Nunca percebi porquê, a canalha desse tempo metia-se muito com eles e ria-se dos nomes honrados que ostentam. Coisas da política, certamente.
Agora a sério: ninguém neste país acredita que as campanhas dos partidos políticos sejam pagas por militantes. Elas são, obviamente, suportadas por grandes empresas e interesses financeiros, que contam com os favores dos partidos que patrocinam quando chegarem ao governo. É assim em Portugal, como no resto do mundo, e não nos vem daí muito mal. Era boa altura da nossa lei o reconhecer, em vez de contribuir para este lamentável e cíclico espectáculo.
2 comentários:
Mauzinho :))
O Conde... isso é uma raça quase extinta por aqueles lados
...lá tiveram que ser sacrificados alguns sobreiros, coitados!
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