O BCP (nunca me hei-de habituar ao «Millenium») está em convulsão. Paulo Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves andam, segundo consta, de cadeias às avessas. Jardim quer reforçar os seus poderes de intervenção no Conselho de Administração, ao que dizem, insatisfeito com a gestão do sucessor que indicou, sobretudo na OPA ao BPI, e Teixeira Pinto pretenderá reforçar a sua posição, impedindo as pretensões do seu antecessor.
No meio disto tudo, algumas figuras secundárias têm vindo à praça pública dizer coisas menos agradáveis sobre o fundador do BCP. E é isto que irrita, que me irrita a mim, pelo menos, nesta crise, tão igual a tantas outras em Portugal: a falta de respeito por quem o merece, da parte de quem o devia ter, e essa absoluta falta de memória tão característica das nossas «instituições». Porque, não só a Jardim Gonçalves o BCP deve a sua existência, como Portugal lhe deve, em boa parte, o início da liberalização da banca, e um caso de sucesso inigualável na banca europeia. A democracia portuguesa deve-lhe muito, a ele, a quem nunca vimos pôr-se em bicos de pés ou tentar utilizar o poder e a influência que teve para fins que não fossem exclusivamente os do banco que dirigiu. Mas há mais: Paulo Teixeira Pinto, a quem não se ouviu ainda uma palavra de conforto a Jardim Gonçalves nesta crise, não devia esquecer que a posição que hoje ocupa no banco foi imposta por Jardim. Quando foi escolhido não era o preferido de ninguém, com excepção de Jardim Gonçalves, que o lá pôs. E tem ainda muito que provar para poder competir com a sombra do seu antecessor, sendo certo que, até agora, a sua prestação como presidente merece, pelo menos, algumas reservas. O silêncio que tem mantido nesta crise, deixando sem resposta os comentários menos agradáveis sobre Jardim que têm sido feitos por alguns dos grandes accionistas que o apoiam, também não parece muito bem.
No meio disto tudo, algumas figuras secundárias têm vindo à praça pública dizer coisas menos agradáveis sobre o fundador do BCP. E é isto que irrita, que me irrita a mim, pelo menos, nesta crise, tão igual a tantas outras em Portugal: a falta de respeito por quem o merece, da parte de quem o devia ter, e essa absoluta falta de memória tão característica das nossas «instituições». Porque, não só a Jardim Gonçalves o BCP deve a sua existência, como Portugal lhe deve, em boa parte, o início da liberalização da banca, e um caso de sucesso inigualável na banca europeia. A democracia portuguesa deve-lhe muito, a ele, a quem nunca vimos pôr-se em bicos de pés ou tentar utilizar o poder e a influência que teve para fins que não fossem exclusivamente os do banco que dirigiu. Mas há mais: Paulo Teixeira Pinto, a quem não se ouviu ainda uma palavra de conforto a Jardim Gonçalves nesta crise, não devia esquecer que a posição que hoje ocupa no banco foi imposta por Jardim. Quando foi escolhido não era o preferido de ninguém, com excepção de Jardim Gonçalves, que o lá pôs. E tem ainda muito que provar para poder competir com a sombra do seu antecessor, sendo certo que, até agora, a sua prestação como presidente merece, pelo menos, algumas reservas. O silêncio que tem mantido nesta crise, deixando sem resposta os comentários menos agradáveis sobre Jardim que têm sido feitos por alguns dos grandes accionistas que o apoiam, também não parece muito bem.
1 comentário:
Sob o ponto de vista ético terás razão Rui. Mas o JG corre o risco de manchar uma folha de serviços indubitavelmente brilhante e transformar-se num Mário Soares em versão empresarial. É o eterno problema de quem se "vicia" no poder: não sair a tempo.
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