Marques Mendes desistiu de tentar ganhar as eleições legislativas de 2009. Esse é o único sentido do pacto político-legislativo que subscreveu com o governo sobre a justiça, ao qual pretende que se suceda, de imediato, um outro na segurança social. Mendes é um político experiente e não desconhece que se não marcar a diferença em relação ao governo nas grandes questões, não será certamente a reboque das pequenas dissensões que os eleitores o levarão até S. Bento.
Provavelmente, ele terá feito uma análise realista da situação política, e concluído que com um Primeiro-Ministro particularmente hábil e com boa imagem pública, suportado por um marketing convincente e por um Presidente da República de direita saído do seu próprio partido, terá mais hipóteses de ganhar um jackpot no euromilhões do que roubar o governo a José Sócrates naquele acto eleitoral. A isto acrescente-se que Sócrates tem, de facto, governado à esquerda e transmitido a sensação de que o está a fazer à direita, ou, pelo menos, que está a fazer o que não fizeram e deveriam ter feito os governos anteriores da coligação de direita.
Marques Mendes arrastará consigo, inevitavelmente, o PSD: só por absurdo se poderá conceber um D. Sebastião saído do nevoeiro laranja a dois anos das eleições, quando o partido, ao contrário de outras eras, não tem uma única figura que se possa imprimir num cartaz. Deixará de rastos o CDS, inexoravelmente afastado dos centros de poder e de decisão, como ainda agora se viu na negociação deste pacto, e que permanecerá por muito tempo entregue a enjoativas questiúnculas pessoais, sem figuras convincentes, nem um programa político inovador e credível.
Neste cenário era mais do que tempo da direita começar a fazer alguma coisa por si. Se não for para 2009, que seja ao menos para 2013.
Provavelmente, ele terá feito uma análise realista da situação política, e concluído que com um Primeiro-Ministro particularmente hábil e com boa imagem pública, suportado por um marketing convincente e por um Presidente da República de direita saído do seu próprio partido, terá mais hipóteses de ganhar um jackpot no euromilhões do que roubar o governo a José Sócrates naquele acto eleitoral. A isto acrescente-se que Sócrates tem, de facto, governado à esquerda e transmitido a sensação de que o está a fazer à direita, ou, pelo menos, que está a fazer o que não fizeram e deveriam ter feito os governos anteriores da coligação de direita.
Marques Mendes arrastará consigo, inevitavelmente, o PSD: só por absurdo se poderá conceber um D. Sebastião saído do nevoeiro laranja a dois anos das eleições, quando o partido, ao contrário de outras eras, não tem uma única figura que se possa imprimir num cartaz. Deixará de rastos o CDS, inexoravelmente afastado dos centros de poder e de decisão, como ainda agora se viu na negociação deste pacto, e que permanecerá por muito tempo entregue a enjoativas questiúnculas pessoais, sem figuras convincentes, nem um programa político inovador e credível.
Neste cenário era mais do que tempo da direita começar a fazer alguma coisa por si. Se não for para 2009, que seja ao menos para 2013.
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