23 julho 2006

saudades da pátria (ii)

Cinco dias distante da pátria e a leitura, fora de horas, de um único número do Expresso foram, contudo, suficientes para atingir finalmente a causa profunda do atraso português: a indiferença, quiçá a inveja, que a pátria ostenta para com o Professor António Borges e o seu séquito de génios, tudo «gente do melhor», que abnegadamente ele pôs à disposição de Marques Mendes e do país. Estranhamente e ao invés do que seria razoável, nem um só nome de tamanhos talentos nos é dado a conhecer. É que, tal como o outrora célebre Conselheiro Gama Torres, a farta inteligência do Professor Borges debate-se com outra tanta dose de humildade. Ele não gosta, não tolera, nem admite exibicionismos. Por isso, guarda para si a riqueza dos seus pensamentos sobre o ressurgimento nacional e esconde desinteressadamente a equipa de talentos que, com ele, um dia hão-de deitar mãos a tamanha empreitada. Só por excesso de modéstia se pode admitir que não os tenha revelado, a uns e a outros, há mais tempo e em local apropriado. Por exemplo, nos últimos dois congressos do PSD.