impeachment

 

Portugal é um país de cultura profundamente católica e um país assim é um país de tudo (cf. aqui). Para fazer justiça à sua cultura (a palavra católico resulta do grego katholicos, que significa universal), tudo aquilo que existe no mundo tem de existir em Portugal.

Ora, existe uma coisa no mundo que ainda não existe em Portugal - o impeachment (impugnação) de um Presidente, à semelhança do que aconteceu, por exemplo, a Richard Nixon nos EUA ou a Fernando Collor de Melo e a Dilma Rousseff no Brasil.

Vai ter de acontecer em Portugal, mais cedo ou mais tarde.

O candidato mais provável a ser impugnado como Presidente, se fôr eleito, é Luís Marques Mendes. O caso "Abreu Advogados" vai persegui-lo desde o primeiro dia do seu mandato até à queda final.

Por isso, é melhor que ele esclareça o assunto agora para que, daqui por uns tempos, os portugueses não tenham de lhe tirar o cargo coercivamente: Que negócios fez para a sociedade Abreu Advogados que lhe permitiram ganhar a astronómica soma de mais de 700 mil euros (líquidos) em apenas dois anos? (cf. aqui).

Os advogados gozam de um estatuto especial na sociedade - o Estatuto da Ordem dos Advogados - por virtude da dimensão pública da sua actividade. Eles são agentes da Justiça. Por isso, o público tem o direito de saber o que eles andam a fazer ao abrigo desse estatuto de privilégio.

Num momento em que os portugueses se queixam tanto da Justiça, que contribuição à Justiça do país terá dado o advogado Marques Mendes para merecer tão grande recompensa?