(Continuação daqui)
4. Por que é que os santos são quase todos pobres?
A pobreza de muitos santos pode ser compreendida à luz da doutrina católica sobre a vida evangélica. O Catecismo ensina que a pobreza, assim como a castidade e a obediência, é um dos votos que consagram os religiosos e religiosas, como um meio de seguir mais de perto o exemplo de Cristo (cf. CIC 915-916). Jesus, em sua vida, optou pela pobreza e ensinou que "bem-aventurados os pobres de espírito" (Mt 5,3), indicando que a pobreza não é apenas uma condição material, mas uma atitude interior de desapego, confiança em Deus e busca pelo Reino dos Céus.
A pobreza material é, portanto, uma expressão do desapego das riquezas e do desejo de viver de forma mais livre para Deus e para o próximo. Muitos santos, ao seguirem este exemplo de Cristo, abraçaram a pobreza como um modo de vida, mostrando que a verdadeira riqueza está em Deus, não nas posses materiais (cf. CIC 2544-2547).
Entretanto, a pobreza não é uma virtude exclusiva dos religiosos. Todos os cristãos são chamados a viver a pobreza de espírito, renunciando ao apego excessivo aos bens materiais (cf. CIC 2544). Os santos, ao abraçarem essa virtude com intensidade, tornaram-se modelos de fidelidade ao Evangelho e testemunhas de que o Reino de Deus é mais precioso que qualquer bem terreno.
(Continua acolá)

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