(Continuação daqui)
449. Talvez em meados de Agosto
Estarei hoje, quarta-feira, 23 de Julho, a partir das 20:30 horas num podcast da Zuga TV para falar sobre este processo judicial.
A Zuga TV é um projecto mediático que visa aproximar as culturas portuguesa e brasileira, que se define como conservador, libertário e cristão, e tem sede em Vila Nova de Famalicão.
Desde há um mês que adio a minha participação neste podcast à espera que, antes do início das férias judiciais, fosse publicado o acórdão do Tribunal da Relação do Porto que expectavelmente me vai absolver dos dois crimes por que me condenou em Março de 2017.
Mas nada. Cansei-me de esperar e decidi avançar. Na idade em que estou, esperar por decisões judiciais em Portugal é apostar em morrer antes delas serem conhecidas.
(Talvez o acórdão saia em meados de Agosto porque, como escreveu recentemente o vice-presidente do Sindicato dos juízes, as férias judiciais não são férias: cf. aqui).
Eu tenho de admitir que o meu sentimento de injustiça se está a transformar em sentimento de revolta e, por isso, não deixarei de especular durante o Verão sobre as possíveis razões da demora na produção do acórdão.
Do ponto de vista judicial o acórdão não tem dificuldade nenhuma, basta citar os acórdãos do TEDH e do Supremo sobre o caso. Mas é politicamente embaraçante para o ministro Rangel e para o Governo, para a Cuatrecasas e para o próprio TRP. E aqui é que deve estar o busílis.
É aviltante que o Tribunal da Relação do Porto não mostre celeridade, para já não dizer urgência, em descondenar um cidadão dos crimes por que injusta e corruptamente o condenou.
(Continua acolá)

Sem comentários:
Enviar um comentário