07 abril 2025

POPULISMO (11)


 

O populismo é feminino. É emotivo, superficial e incoerente, focado na família e na tribo e politicamente colectivista.

Estas características, que põem os cabelos em pé de qualquer homem com níveis normais de testosterona, são inerentes ao populismo, explícitas e assumidas no combate político.

 

O emocionalismo, destacado por Pedro Arroja como traduzindo o povo zangado, dá o tom às intervenções populistas e é a primeira manifestação de feminilidade. Qualquer mulher descontente não expõe os seus motivos de forma racional, o reflexo é mostrar-se zangada. Os líderes populistas fazem o mesmo.

 

A superficialidade é outra característica feminina do populismo, é tudo pela rama, sem estudar todas as possibilidades e implicações. Claro que a superficialidade enfurece os partidos de base racionalista, como os liberais, e explica os confrontos a que assistimos, por exemplo, entre a Iniciativa Liberal e o Chega. Em termos arquetípicos, os liberais lutam contra a mãe.

 

Sobre a incoerência pouco há a acrescentar se aceitarmos que “La donna è mobile, Qual piuma al vento”.

 

A superficialidade e incoerência não devem ser entendidas como defeitos, pelo menos não o são na minha cartilha. A superficialidade é fundamental para o “multitasking” e a incoerência é humildade assumida.

 

Muitas discussões com mulheres acabam com elas a dizer:

 

— Pensas que tens sempre razão, mas sei muito bem do que falo — isto sem apresentarem um único argumento racional.


Decorrido algum tempo, constata-se, porém, que elas tinham razão; a intuição supera muitas vezes o racionalismo.

 

A família e a tribo, que é a família alargada, foram sempre o foco das mulheres e os populistas respeitam esta tradição, contrariamente aos liberais que apoiam os LGBT+ e a imigração descontrolada.

 

Por fim, o colectivismo ou estatismo. Penso que está relacionado com o apreço que as mulheres têm pela segurança, não só física mas também económica. O Estado está lá para “os dias maus”, com a segurança social, a educação gratuita e o Serviço Nacional de Saúde. Não será o ideal, mas como elas dizem: “Não há paraíso na Terra”.

 

Juntemos estas características e temos o tutti-frutti que é a essência do populismo.

 

PS: Penso que este populismo é mais típico dos países do Sul.

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