(Continuação daqui)
21. Uma família elitista
"Eu vinha de uma família radical, o meu avô materno tinha sido um radical dos anos de 1890, daqueles que deram vida à chamada Revolução do Parque que no final do século XIX provocou a queda do Presidente Miguel Juárez Sélman. De certo modo, uma família elitista (...).
"(...) Recordo um domingo, teria quinze anos, num almoço em casa dos avós maternos: estava um tio, Guillermo, que era empresário, um homem bom, o marido da tia Catalina, que falava, dizia mal, falava contra Perón e nunca mais se calava... Então, fartei-me de ouvir aquele disco riscado e irritei-me: "Mas tu não tens direito", disse-lhe, "Tu és rico, o que sabes tu dos pobres, dos problemas e dos sofrimentos dos pobres?"... Cruzaram-se os insultos, a discussão descontrolou-se. Até que agarrei no sifão da água com gás e lho pulverizei na cara. (...)
(Papa Francisco, ESPERANÇA - A Autobiografia, Lisboa: Nascente, Janeiro 2025, pp. 149-51, ênfases meus).
Este pequeno excerto da sua autobiografia diz tudo acerca do background do Papa Francisco: uma família radical, revolucionária e elitista; a aversão agressiva aos ricos e o amor aos pobres; a inquietude política e o aspecto social; e, mais: jesuíta. Está feito o socialista completo para liderar a Igreja Católica e perpetuar a pobreza no continente mais católico do mundo - a América Latina donde ele próprio vem.
(Em Portugal, na sua juventude, teria sido do Bloco de Esquerda).
(Continua acolá)
Sem comentários:
Enviar um comentário