03 setembro 2024

MAGIA NEGRA


O pensamento mágico é a crença no poder sobrenatural de influenciar o mundo que nos rodeia através de pensamentos, palavras e ações desconectadas da realidade. 

A criança que acredita que vai ter um bom resultado no exame porque foi sempre para a escola pelo passeio da direita ou porque vai usar uma certa caneta tipifica esta forma de pensar, característica da infância.

 

Os santeiros que fazem promessas à Virgem para obter milagres prodigiosos caem também no capítulo do pensamento mágico. As procissões, peregrinações e fustigações são a permuta pelas graças almejadas porque sem sacrifícios nada se consegue – “no pain, no gain”.

 

Quando o pensamento mágico é canalizado para fins positivos é Magia Branca, contudo, sendo a natureza humana o que é, o Mal está sempre à espreita e o foco em fins negativos dá lugar à Magia Negra.

 

Feitiços, amarrações e maldições são, por assim dizer, as entradas do menu desta praxis. Os pratos principais envolvem sacrifícios de animais e humanos, perversões sexuais e violação de tabus. Na sobremesa convocam-se entidades satânicas e vende-se a alma ao Diabo.

 

A Magia Branca olha para o Céu enquanto a Magia Negra olha para o Inferno. As suas transgressões procuram agradar a Mefistófeles e recrutar o seu empenho.

 

As Artes Negras – Black Arts – são manipulações de pessoas e povos para obter vantagens económicas e/ou políticas à custa da ignorância, estupidez e crendice das vítimas.

 

O primeiro passo das Artes Negras é instilar medo na população declarando uma guerra a um “inimigo mortal”. Já tivemos a guerra às drogas, a guerra ao SARS-Cov-2 e temos as guerras constantes do “hegemon” para manter a unipolaridade do mundo.

 

Segue-se o Estado de Excepção, para suspender a democracia e aplicar medidas para extorquir a populaça e redistribuir a riqueza para as contas bancárias dos amigos – o complexo militar/industrial e, mais recentemente, o complexo militar/BigPharma.

 

Os negacionistas são cancelados e até presos sem culpa formada, se os Mestres do Universo quiserem dar um exemplo.

 

Nada escapa ao Estado e era de esperar que, com o tempo, até a Magia Negra  fosse nacionalizada, o Estado não aceita concorrentes. A malta que se veste de negro parece-me composta por acólitos voluntários, entusiastas e facilitadores desta praxis.


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