(Continuação daqui)
190. Um instrumento do crime
Um inquérito de opinião publicado esta semana veio mostrar aquilo que já se sabia, que a esmagadora maioria dos portugueses não acredita na justiça.
De acordo com a sondagem, 72% dos inquiridos considera que a justiça em Portugal é "má" ou "muito má" (cf. aqui).
As críticas mais correntes ao sistema de justiça são conhecidas, que a justiça é lenta, cara, excessivamente garantística, desajustada da realidade (medieval), etc., e tudo isso o meu case-study tem vindo a mostrar neste blogue.
Mas o problema principal da justiça em Portugal não é nenhum desses. É outro e tem vindo a ser exposto exuberantemente neste blogue.
É o facto de o sistema de justiça se ter tornado um instrumento do crime. O sistema de justiça é usado não para fazer justiça mas para cometer crimes, quase sempre por insiders do sistema, em nome próprio ou por conta de outrem.
Quando a decisão do TEDH veio fazer justiça (foi preciso um tribunal internacional: cf. aqui)) tinham ficado para trás os crimes de calúnia, extorsão e enriquecimento ilícito, que nunca serão penalizados.
(Continua acolá)
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