27 janeiro 2024

Um passo de gigante (175)

 (Continuação daqui)




175. Uma declaração de amor


A grande vítima da grandiosa palhaçada judicial que esta semana o Ministério Público organizou na Madeira é a Polícia Judiciária.

Esta grande instituição da justiça portuguesa - a melhor instituição da justiça portuguesa - a quem devemos o facto de Portugal ser um dos países mais pacíficos do mundo, falhou-nos desta vez.

A PJ aceitou colocar quase três centenas dos seus agentes ao serviço do Ministério Público para ir à Madeira participar numa operação que acabou na detenção de três pessoas pacíficas.

Mas, agora, a PJ dedica-se a estas mariquices de mobilizar os seus agentes em massa para perseguir pessoas pacíficas e - a julgar por operações semelhantes comandadas pelo MP - muito provavelmente inocentes?

Eu estava convencido que a PJ se dedicava a perseguir verdadeiros criminosos, sobretudo criminosos violentos, daqueles que matam e assustam os portugueses.

Foi por isso que, em 2017, já lá vão sete anos, lhe dediquei um parágrafo que é o parágrafo mais romântico que alguma vez dediquei a uma instituição do Estado, uma verdadeira declaração de amor.

Talvez valha a pena reproduzi-lo agora:  

"O Ministério Público tem uma designação masculina, e que lhe é apropriada. É a figura masculina do mariconço, dos salamaleques, que gosta de andar sempre na comunicação social e de parecer sempre bem - e que, precisamente por isso, é geralmente um cínico, um hipócrita e um cobarde. Pelo contrário, a Polícia Judiciária tem uma designação feminina. Até lhe chamam Judite. É a figura da mulher discreta, sólida e inspiradora que está geralmente por detrás de verdadeiros homens viris" (cf. aqui).

Hoje, sinto-me envergonhado de o ter escrito.


(Continua acolá)

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