(Continuação daqui)
3. Povo e massa
Ao fim de 50 anos, não é certo que a democracia em Portugal tenha conseguido transformar o povo em massa, condição sine qua non para a sua sobrevivência.
Sobre a pessoa do presidente da República, a propósito do caso das gémeas luso-brasileiras, caiu o paradigma do conflito entre o povo e a massa - que é o conflito entre o pai de família e o político partidário -, entre a sociedade autoritária, que é a preferida do povo, e a sociedade democrática, que é a preferida da massa:
"A figura social mais detestada pela massa é o pai (ou a mãe) de família, que é o homem (ou mulher) comunitário por excelência. Pelo contrário, a figura mais detestada pelo povo é o político partidário, que é o homem (ou mulher) sectário por excelência. É no confronto entre o pai de família e o político partidário que, em última instância, se decidirá o futuro de uma sociedade, se ela permanecerá um povo ou se, pelo contrário, se converterá numa massa".
Fonte: cf. aqui
(Continua acolá)
Sem comentários:
Enviar um comentário