10 setembro 2023

O MISTERIOSO DESAPARECIMENTO DO BIDÉ

 


Não sei se o WEF – Fórum Económico Mundial – a OMS ou o Bill Gates estarão por detrás do desaparecimento dos bidés a nível global, porque ultimamente os chalupas têm acertado em cheio nas teorias da conspiração, sempre que esta troika está envolvida. E é de conspiração que falamos quando os hotéis de luxo e as casas e apartamentos de construção recente olvidam as necessidades mais essenciais dos respetivos ocupantes.


Tão essenciais que os bidés já estavam nos quartos, arrumados ao lado dos penicos, muito antes de se transladarem para as casas de banho, onde as canalizações modernas facilitam o uso.

 

A Wikipédia, que por estar controlada pelo FBI e pela CIA tem um selo de garantia de qualidade, insinua que a localização inicial dos bidés se destinava à ablução das partes críticas no caso de se esperarem hostilidades.

 

Ora, qualquer recruta sabe, as armas têm de ser limpas e preparadas antes e depois das contendas, pelo que a localização nas arenas de confronto armado parece adequada.

 

A origem do termo bidé, do francês “bidet”, tal como “minette” (gatinha), também sugere a necessidade do mesmo para os rituais preparatórios das contendas. A não ser para os gourmets que apreciam paladares sui generis e que repreendem a pobres coitadas das raparigas com um severo: ‹‹Lavaste, estragaste!››.

 

O aquecimento global, as peregrinações da juventude e a ausência de bidés só pode dar jeito a estes debochados, da escola do célebre Marquês, que passou anos na Bastilha e que foi de lá transferido no dia 13 de Julho de 1789 (1 dia antes da tomada da dita).

 

Independentemente dos ponderosos motivos invocados, outra dificuldade emerge: como manter limpo o polo oposto da boca depois da sua utilização?

 

Na minha provecta idade e sendo bota de elástico, não sou adepto de “andar aos toalhetes” pelo que, sempre que posso salto para o duche. Os pobres coitados que não têm condições para esta medida radical, devem passar o dia com prurido no dito e sinais de ausência de bidé que não escaparão ao olhar sempre atento das lavadeiras.

 

Esta miséria depois tem consequências porque desvia o foco da mente para onde seria desnecessário estar, confundindo a beira da estrada com a estrada da Beira e levando mancebos escorreitos a pensar que têm comichão na passarinha.

 

Por todas as razões invocadas, sugiro uma vaga de fundo a favor do regresso do saudoso e inestimável bidé. O governo pode criar um subsídio para os patos bravos que ainda investem na habitação e, por seu turno, mandatar a obrigatoriedade dos mesmos nos bairros sociais.

 

Se a populaça dos bairros não aproveitar este equipamento para as suas funções naturais pode sempre usá-lo para assar sardinhas e não se perde nada.

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