22 julho 2023

Operação River (19)

 (Continuação daqui)


19. Uma semana de antecedência



Perante o juiz de instrução, Rui River pediu clemência. No seu caso, a corja tinha violado o segredo de justiça e avisado a comunicação social com três horas de antecedência, levando a TVI a comparecer às 7 da manhã à porta do seu prédio quando ele só se levanta às 10, e antes disso não ouve nada por causa dos tampões que põe nos ouvidos. Ao passo que no caso da Altice, que ocorreu na mesma semana, a corja  cometeu o mesmo crime, que é aquele com que mais se diverte - a violação do segredo de justiça - avisando a TVI com uma semana de antecedência.  Foi isso que o empresário Armando Pereira declarou perante o Torquemada do Regime e do seu ajudante (cf. aqui). Quer dizer, no seu caso a PJ só teve de esperar três horas à porta do seu prédio na Avenida da Boavista (Porto), ainda por cima estava um lindo dia de sol, ao passo que no outro teve de esperar uma semana inteira (na realidade sete dias e oito noites, estas ao relento) à porta da mansão do empresário Pereira em Guilhofrei (Braga). "Não há direito", concluiu Rui River perante o juiz.


(Continua)

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