(Continuação daqui)
33. A ferida colonial
"De tudo isto resultou o que hoje se designa por ferida colonial, uma ferida que, em realidade, decorre de uma articulação específica entre capitalismo, colonialismo e patriarcado, caracterizada pela extensão e intensidade com que as maiorias (muitas vezes designadas como minorias) são tratadas como seres inferiores e objetos de violência impune. Nos últimos cento e cinquenta anos, os povos e as populações que foram e continuam sujeitas ao colonialismo dos europeus e seus descendentes têm vivido uma dura experiência de oscilações sem fim entre períodos de expectativas de libertação e de vida digna e períodos de frustração ante o regresso, por vezes agravado, das formas mais violentas de dominação e de sujeição por parte das elites e sua tríplice supremacia classista, racial e sexual" (cf. aqui).
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