O juiz chamou uns impropérios na sua página do Facebook à sua colega, a juíza Paula Carvalho e Sá.
A sua colega processou-o por difamação.
Possuindo o réu a categoria de juiz-desembargador, a segunda mais alta categoria da judicatura, o julgamento ocorreu no Supremo Tribunal de Justiça.
Em sua defesa, o juiz-réu declarou que não foi ele mas a mulher que escreveu os impropérios (cf. aqui) [uma declaração feita contra a vontade da mulher, segundo o cartoonista].
A mentira pegou e os juízes-conselheiros do STJ que o julgaram absolveram-no por não se ter conseguido provar quem escreveu os impropérios (cf. aqui).
Não obstante, os juízes-conselheiros admoestaram-no considerando que o seu comportamento tinha sido "socialmente reprovável e eticamente censurável" (cf. aqui).
Pois, menos de seis meses depois, o juiz-réu, com uma vida de desacatos fora e dentro do sistema de justiça, incluindo ameaças ao irmão mais novo com arma de fogo (cf. aqui) e alegadas agressões (cf. aqui), em certa altura da sua carreira suspenso por 6 meses da sua função de inspector judicial (cf. aqui), mas militante do partido do governo (cf. aqui e aqui), foi promovido esta semana a juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, a mais alta categoria da judicatura, tornando-se par dos juízes-conselheiros que o julgaram.
Na cerimónia da tomada de posse, o presidente do STJ elogiou "as suas qualidades técnicas e pessoais" (cf. aqui).
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