A exclusão do Chega das audições com o primeiro-ministro, por decisão do próprio primeiro-ministro, tem sido comentada abundantemente pelos opinion makers do sistema, normalmente justificando o primeiro-ministro e imputando um sentimento de vitimização ao Chega (v.g., aqui e aqui).
Seria muito interessante saber como reagiriam esses mesmo comentadores se fosse o Chega a excluir alguém do que quer que fosse.
Deram a maioria absoluta a António Costa e agora ele revela a sua verdadeira personalidade e a concepção que tem da democracia. Ele próprio se definiu como o principal inimigo do Chega, e agora só fala com os amigos.
A Constituição e a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, que Portugal subscreveu, são claras. Ninguém pode ser discriminado em razão das suas opiniões políticas.
Mas é isso que o grande democrata António Costa e os comentadores dos jornais e das televisões que ele compra com os dinheiros dos contribuintes estão precisamente a fazer.
Nunca imaginei um primeiro-ministro a governar contra uma parte da população acerca da qual ele próprio se define como sendo o seu principal inimigo.
Devemo-nos preparar para o pior.
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