10 janeiro 2022

Uma liberdade totalitária

João Cotrim de Figueiredo: "As ideias são mais importantes do que as pessoas" (cf. aqui, min. 23:49)


Esta é a convicção mais surpreendente que o João Cotrim de Figueiredo exprimiu ontem no debate com o André Ventura. 

Em nome desta concepção - segundo a qual "As ideias são mais importantes do que as pessoas" - morreram milhões de pessoas às mãos do socialismo soviético e noutros lugares do mundo durante o último século. Continuam a morrer hoje. 

É esta concepção, em que "As ideias são mais importantes que as pessoas", que torna possível impor as ideologias às pessoas, se necessário for pela força, no limite matando-as, e justificadamente assim porque, afinal, "As ideias são mais importantes do que as pessoas"

Para a tradição portuguesa e cristã, defendida pelo CHEGA, as pessoas são mais importantes do que as ideias. Na tradição portuguesa e cristã, ninguém é morto ao serviço das ideias ou escravizado por elas. As ideias existem para servir as pessoas e não as pessoas para servir as ideias.

Aquela frase do  João Cotrim de Figueiredo diz tudo sobre o tipo de liberdade defendido pela Iniciativa Liberal porque a prevalência das ideias sobre as pessoas é a marca distintiva das sociedades totalitárias. 

Mas que liberdade é essa em que as pessoas têm de se submeter às ideias e, em caso de desacordo, se opta pelas ideias e não pelas pessoas, submetendo as pessoas, e não as ideias? 

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