27 junho 2021

Estado-pessoa-de-bem

O jornal Público continua a alimentar uma discussão em torno de uma verdade óbvia proferida pelo economista Nuno Palma na Conferência do MEL, a saber, que o Estado Novo foi uma máquina impressionante de crescimento económico (cf. aqui).

Questão diferente é a de saber porquê.

Foram duas as razões principais. A primeira é que o Estado Novo era um Estado pequeno (subsidiário). À morte de Salazar em 1968, a despesa do Estado no PIB pesava apenas 16% (hoje, vai em cerca de 50%). 

A segunda, ainda mais importante, é que o  Estado Novo era um Estado-pessoa-de-bem, à imagem do seu fundador (Salazar) e do seu continuador (Marcello Caetano). Uma pessoa-de-bem é aquela que trata os outros como gosta de ser tratada.

No Estado Novo não havia ladrões-de Estado e aqueles que ousassem eram prontamente entregues à justiça. Hoje, há muitos ladrões-de-Estado, uma boa parte deles dentro do próprio sistema de justiça (cf. aqui).

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