11 maio 2021

um Partido

Enquanto eu escrevia a série anterior de posts, uma leitora deste blogue disse-me que eu não iria conseguir vencer o sistema sozinho. 

Eu concordei imediatamente. Quem lesse essa série de posts, mesmo se não tivesse lido mais nada escrito por mim nos últimos anos, iria imediatamente concluir que eu só tenho somado derrotas.

Eu admito ter tido alguma influência em trazer para a discussão pública o tema que, de longe, me parece o mais importante em Portugal a carecer de discussão e de reforma - a justiça. Na realidade, é esse o tema central hoje em dia no espaço público em Portugal.

Agora, para além disso, eu reconhecia que não iria conseguir reformar o sistema de justiça sozinho. E também por isso anunciei à minha leitora aquilo que vou anunciar agora neste blogue - que me iria juntar a um grupo.

E esse grupo seria um Partido. 

Eu nunca pertenci a nenhum Partido e só por duas vezes votei em partidos (nas eleições legislativas de 1976 e 2019). Mas deste vez  eu não via outra solução.

Esse Partido teria de satisfazer três condições:

(i) Eleger como uma das suas primeiras prioridades a justiça.

(ii) Eleger como seu principal adversário o sistema, representado pela aliança implícita entre o PS e o PSD que há mais de 40 anos governa o país e controla a justiça, corrompendo-a.

(iii) Ser democrático, combatendo o sistema, que se tornou totalitário, mas preservando a democracia. 

Agora, deixo ao leitor adivinhar que Partido é esse. 

Eu nunca esperaria, aos 67 anos de idade, tornar-me militante de um Partido. Mas vai ter de ser, para ajudar a que a trapaça, a corrupção e a injustiça não triunfem no país.

Basta!

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