O relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco veio confirmar aquilo que já aqui tinha escrito - a contabilidade do Novo Banco estava martelada no momento em que o Estado vendeu o banco ao fundo Lone Star.
É o que resulta do gráfico da pág. 105 do relatório (cf. aqui). No momento da venda (2017, com base nas contas de 2016) os activos do banco estavam substancialmente sobrevalorizados.
Se isto fosse feito por um banqueiro privado era crime - o crime de falsificação da contabilidade - e deste crime foram acusados os banqueiros Ricardo Salgado (BES), João Rendeiro (BPP) e Oliveira e Costa (BPN).
Porém, neste caso, como o banqueiro era o Estado não há crime nenhum. O Ministério Público nunca incomoda o patrão.
Na realidade, crimes de falsificação da contabilidade cometidos por agentes do Estado só conheço mesmo um - aquele que foi imputado ao magistrado X pelas suas colegas Fafá e Lili. Mas aí a contabilidade era outra (cf. aqui)
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