A esquizofrenia do Ministério Público em relação ao Rui Pinto tem de ter uma causa.
E essa causa é, com toda a probabilidade, o facto de o Rui Pinto também ter entrado nos computadores do Ministério Público (cf. aqui).
Aqueles que se habituaram rotineiramente e na mais completa impunidade a escutar as conversas telefónicas e a violar a correspondência de pacatos cidadãos - exactamente como, há 50 anos atrás, fazia a PIDE - devem agora estar em pânico por alguém lhes ter feito o mesmo a eles.
E o pânico não dever ser pequeno. É preciso não esquecer que o Ministério Público é a maior organização criminosa do país - embora uma organização criminosa legal cujos membros gozam de um estatuto de impunidade, não respondendo pelos crimes que cometem.
O que é que o Rui Pinto saberá acerca do Ministério Público, e dos magistrados do Ministério Público, para estes o quererem manter na prisão a todo o custo? (cf. aqui)
É, aliás, sintomático que ele tenha aceitado colaborar com a Polícia Judiciária - esta sim, uma verdadeira instituição de justiça -, mas não com o Ministério Público, que é uma corporação criminosa.
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