11 agosto 2020

Estado tenta vigarizar Lone Star



Segundo o jornal Público, o Estado Português, através do Governo e do Banco de Portugal que, em conjunto, geriram o Novo Banco até à sua venda ao Fundo Lone Star em 2017, tentou vigarizar este Fundo norte americano em pelo menos duas ocasiões.

Numa ocasião, o Estado português inscreveu no balanço do Novo Banco a companhia de seguros GNB Vida pelo valor de 268 milhões de euros, a qual, na realidade, só valia 123 milhões, uma sobrevalorização de 145 milhões de euros (cf. aqui).

Noutro caso, um conjunto de activos imobiliários foi inscrito pelo Estado português no balanço do Novo Banco por 487 milhões de euros, os quais, aos preços de mercado, valiam apenas  159 milhões, empolando o seu valor em 328 milhões de euros (cf. aqui e aqui)  .

Somente nestas duas ocasiões, a tentativa de burla ascende a 473 milhões de euros.

O Ministério Público já abriu inquérito-crime, sendo arguidos os responsáveis do Governo e do Banco de Portugal que em 2017 negociaram a venda do Novo Banco ao Fundo Lone Star. O Público sabe que estão em causa os crimes de burla agravada e de falsificação de documentos (contabilidade) 

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