Em Novembro de 2015, o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, foi ouvido na sede da Inquisição, pela procuradora Susana Figueiredo (cf. aqui) (uma das inovações é que agora as mulheres também podem ser inquisidoras) pertencente àquela plêiade de magistrados e magistradas que são os melhores do mundo (cf. aqui).
O ministro seria constituído arguido por envolvimento num alegado esquema de corrupção que viria a ficar conhecido como o caso dos Vistos Gold.
Já antes, em Novembro de 2014, para não prejudicar o Governo de que fazia parte, o ministro tinha pedido a demissão por causa do seu envolvimento neste caso (cf. aqui). A sua carreira política terminara naquele momento. Seguiram-se anos de grave prejuízo pessoal e profissional.
Até que chegou o julgamento. O Ministério Público, representado por um tipo com nome de compositor musical, pedia 5 anos de prisão para o ex-ministro. A sentença chegou em Janeiro de 2019 (cf. aqui).
O tribunal absolveu o ex-ministro de todos os crimes que lhe eram imputados.
É claro que a absolvição representou apenas meia-justiça. Quem é que o ia agora ressarcir de todos os prejuízos que sofreu, incluindo uma carreira política súbita e injustamente interrompida?
Ninguém.
E quanto ao procurador José Niza?
Bem, esse, entretanto, deve ter sido promovido, é bem capaz de já estar no topo da carreira onde se ganha mais do que a primeiro-ministro. A procuradora Susana Figueiredo também.
(E também terão recebido ambos o aumentozinho dos funcionário públicos em abril, durante o confinamento, enquanto a esmagadora maioria dos portugueses temia pelo seu emprego e pelo seu salário).
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