22 maio 2020

despenhou-se

"Um avião fretado pelo Estado português parte na madrugada de quinta feira de Pequim [tarde de quarta-feira em Lisboa] com o primeiro carregamento dos 500 ventiladores comprados pelo Governo a fornecedores chineses (…)".

Hoje é sexta-feira e não há notícias da chegada do avião. Deve-se ter despenhado pelo caminho.

E depois, por que é que o governo não manda cá para fora o nome da empresa a quem comprou os ventiladores, escondendo-a sob expressões como "fornecedores chineses"?

Hoje em dia toda a gente sabe que a empresa se chama Fong Sing Jo Su. E até se sabe o nome do seu presidente: Fu Jiu Cu Pi Lin. Tudo isto pode ser publicado à vontade no portal Base onde são publicados os ajustes directos do Governo porque ninguém leva a mal. Pelo contrário, dá um certo carácter internacionalista ao portal.

O mais provável é que o avião acabe por chegar, mas na madrugada de domingo, quando não existe ninguém nas redações dos jornais. A notícia será dada por um despacho da Lusa que todos os meios de comunicação reproduzem à falta de outro material para publicar. Foi assim que aconteceu com o avião-fantasma chegado a 19 de Abril, um domingo cf. aqui.

E, então, agora, depois de a comunicação social ter recebido 15 milhões… vão chegar aviões-fantasma que nunca mais acaba...e também vão chegar barcos da China carregados de ventiladores.

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