11 março 2020

monstros

«A ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, referiu-se ontem aos megaprocessos como "monstros que não são geríveis nem julgáveis".
Procuradora de profissão [e chefe do Ministério Público para a região de Lisboa antes de ser ministra], a governante falava na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. "Há várias situações em que é possível que se vá fatiando e julgando" os suspeitos, preconizou. "Agora, o que é feito [pelo Ministério Público] conduz-nos a "monstros que não são geríveis, não são julgáveis"»
(Público, p. 21)

Isto é dito por uma chefe do Ministério Público.

Em suma, nos megaprocessos - de que a Operação Marquês é o paradigma - os magistrados do Ministério Público andam durante anos a trabalhar para o boneco (na realidade, andam a fazer política usando o sistema de justiça) e a arruinar a vida de pessoas cuja inocência ou culpabilidade nunca se poderá julgar.

A incompetência, a irresponsabilidade e o sentimento de impunidade no Ministério Público são totais  e absolutos.

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