11 março 2020

em liberdade

O falecimento, ontem, do ex-governante e ex-presidente do BPN, José Oliveira e Costa, põe ponto final num processo que é bem ilustrativo da eficiência da Justiça em Portugal.

A Justiça foi atrás dele por factos ocorridos na sua presidência do BPN, que terminou em 2008 com a nacionalização do banco.

Porém, só nove anos depois, em 2017, ele seria condenado por um tribunal de primeira instância pelos crimes que cometeu: 14 anos de prisão efectiva.

No entanto, como o tribunal se esqueceu de um crime, a sentença definitiva só viria em 2018, dez anos depois de ele ter abandonado a presidência do BPN: 15 anos de prisão efectiva.

Em 2019, as autoridades judiciais consideraram o caso BPN "a maior burla da história da Justiça portuguesa julgada até ao momento".

Oliveira e Costa morreu em liberdade enquanto aguardava os recursos.

Se não fosse a morte, que é sempre um acontecimento trágico, o caso daria para rir. Da Justiça portuguesa.

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