Em relação ao assunto do meu post anterior, o F. C. Porto já contestou a decisão do presidente do Tribunal da Relação do Porto de recusar o pedido de escusa do juiz-desembargador Rodrigues Pires num processo envolvendo o Benfica e o F.C. Porto (cf. aqui).
O juiz Rodrigues Pires, numa atitude própria de um verdadeiro juiz, declarou-se sócio do Benfica há mais de 50 anos e acionista do Benfica, SAD, portanto sem as condições de imparcialidade necessárias para julgar o caso. O presidente do TRP, juiz Ataíde das Neves, indeferiu o pedido de escusa (cf. aqui).
Se eu fosse presidente do Benfica, daria instruções aos advogados para fazerem o mesmo que fez o F. C. Porto, recorrendo da decisão do presidente do TRP, e não querendo o juiz Rodrigues Pires a julgar o caso, a menos que o Benfica queira um juiz confessadamente parcial a julgar o assunto.
A minha conclusão principal acerca de tudo isto é, porém, de outra ordem: o Tribunal da Relação do Porto está em muitos maus lençóis, metido numa contenda entre o Benfica e o F. C. Porto.
Muito vai sair cá para fora acerca do Tribunal da Relação do Porto, que vai estar sujeito a um escrutínio público como nunca esteve na sua longa história.
E nem tudo vai ser bom. Na realidade, eu prevejo que bastante vai ser mau.
Se, no início do ano, eu desejava, em termos de vida pública, que 2020 fosse o ano do escrutínio público do sistema de justiça (cf. aqui), este caso é, para mim, o caso perfeito.
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