Foi um forrobodó desde que o PSD chegou ao Governo em 2011. Paulo Rangel, que já era sócio e, em breve, ascenderia a director da Cuatrecasas-Porto (2012) facturava ao seu camarada Rui Rio, na Câmara Municipal do Porto (CMP), milhares de horas ao ano em assessoria jurídica, à taxa média de 55 euros por hora (cf. aqui).
A coisa, aparentemente, prolongou-se depois de Paulo Rangel ceder a direcção da Cuatrecasas-Porto ao seu braço direito, Filipe Avides Moreira (2016), embora a um ritmo menos intenso porque, entretanto, o executivo camarário também mudou.
Declarações recentes do próprio executivo camarário dão conta que nos últimos 9 anos a CMP pagou mais de um milhão de euros em assessoria jurídica à Cuatrecasas (cf. aqui), o que, à taxa de 55 euros à hora, significa mais de 18 mil horas em assessoria jurídica, uma média superior a duas mil horas por ano.
É, de facto, muita hora, sobretudo sabendo-se que a CMP tem o seu próprio departamento jurídico (acontece o mesmo com o Hospital de S. João).
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